terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bagunçou geral!

Ela levantou para ter um dia normal. Trabalhou, estudou, voltou para casa e se aconchegou no sofá. A velha rotina. O bobo roteiro de sempre, sem muitas interferências e novidades.

Mas a mesmice daquele dia incomodou, a carência bateu, a loucura se alojou. E como quem tenta resolver buscando solução, ela se cobrou fechar os ciclos abertos e mal resolvidos. Estamos falando de homens!

Pegou a agenda e suas últimas possibilidades de romance. Eram poucos, mas bastou para questionar sua mania de não concluir e deixar sempre reticências. A velha mania de pensar, remoer, culpar e não fechar e finalizar nada. Qualquer mulher perceberia na hora: Perigo! Perigo! TPM a vista!

Mas ela não. Não pensou, não hesitou, não evitou. Passou a mão no celular e decidida discou.

Começou seus contatos como quem é descolada e despojada. Terminou seus contatos como quem implora por atenção.

Deu show! A sensação era essa: “Passou um terremoto aqui, me tirou o controle, e jogou tudo para o ar.”

Mas hoje ela vai dormir assim: com as roupas pelo chão, o armário revirado e os livros caídos da prateleira.  Ela bagunçou a casa e não está com a mínima vontade de arrumar.

Está agradável a sensação do descontrole.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Hoje sonhei

Isso mesmo! Deitei para dormir e sonhei...

No sonho... ele estava lá, e ela estava lá.
Eu queria gritar, esbravejar, xingar, pirar, surtar, desequilibrar e jogar as tamancas. Mas do que adiantaria? Era um sonho, e mais do que isso, eles estavam juntos lá.

A tristeza, a mágoa, a dor, a saudade também estavam lá.  Nenhuma ficção, nenhuma invenção, nenhuma grande produção. Toda semelhança com a realidade não é mera coincidência, porque eu também estava lá. Vendo tudo, fraca e impotente sem sequer conseguir acordar. Presa num sonho vendo ele com ela lá... e sofrendo.

Um esforço enorme para abrir os olhos. Virei para um lado, para o outro, para um lado de novo e pro outro mais uma vez. Estava implorando para ver a cortina, o armário, a porta, o ventilador. Nada adiantava e eu continuava vendo ele com ela lá.  

Num breve instante, num suspiro desesperado como quem volta a vida, acordei. O coração disparado, mãos suando, respiração rápida e ofegante, angustia e agonia no peito, mas aliviada por acordar...

Mas... agora estou presa cá. Uma insônia terrível que me toma as 4h da manha de uma terça feira. Retrospectiva 2011 e 10 e 09... e os últimos 5 anos da minha vida. Confirmado!O esforço pra esquecer é mesmo vontade de lembrar. Eu só queria saber quando essa fase vai passar? Quero recolher os cacos, juntar os pedaços e parar de ver ele com ela lá, e cá e em todo lugar. 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dessas meninas sem clara definição


Sou dessas que resiste a uma modinha. Fujo do comum, ou melhor, não me entrego facilmente. Normalmente analiso, penso, avalio, reavalio e não tomo decisão nenhuma. É sou dessas! Não gosto de decidir. Esse não é meu ponto forte.

Também sou dessas que curte o impulso, o instintivo, o inesperado, o animal. A surpresa me atrai. O prazer da descoberta me move. Sou dessas que se permite mudar de opinião. É que se antes não me convencia, em algum momento pode passar a convencer.   

Já disseram que sou quadrada, careta, tradicional, conservadora e convencional.
Outra vez, porém, me descreveram como moderninha, revolucionária, libertária, mente aberta, barato total!

Pois é, sou dessas que não pede definição.

Sou dessas, sou daquelas, ora sou, ora não.