quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Algo estranho acontecendo aqui...

Não é só porque a primavera está sem flores ou dezembro está sem sol...
Ontem admirei a lua minguante, nunca antes tinha reparado nela... ou seria crescente?
Mas o fato é que sempre enlouqueci com a lua cheia, de olha, hipnotizar e faltar ar.
Mas ontem, estranhamente admirei outra lua no céu... mas não é só por isso também, vai além.
Tem algo estranho acontecendo aqui...

Uma vontade de não fazer nada e uma falta de vontade de fazer tudo.
A tontura costumeira de uma segunda feira se arrasta de segunda a domingo.
Assustadoramente, uma quietude exterior me traz uma inquietude interior... que vai além...
Tem algo estranho acontecendo aqui...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Romance avassalador

Não foi nosso primeiro encontro... ja havia encontrado com ele na semana passada... fomos apresentados por uma amiga em comum. Confesso que só tive coragem de conhecê-lo depois de 3 copos de chopp, mas mesmo assim não interagimos tão bem. Eu mais perguntei, e me perguntei, do que escutei.


O fato é que foi paixão. Senti frio na barriga e me peguei por diversas vezes com o sorriso bobo enquanto observava e me entregava (ainda sem saber). Voltei pra casa pensando nele e falando dele...  a verdade é que nos demos muito bem. Será que dá liga?


A semana passou, e, resolvi tomar a iniciativa para mais um encontro. Não podia deixar essa situação pendente. Marquei com a tal amiga e estava decidida: hoje eu vou me apresentar, enfrentar a situação, vencer os medos e me mostrar de verdade. 


Ainda não estava muito a vontade, mas precisava descobrir até onde poderia ir... Esperei dias ansiosa pelo nosso momento. Será esse o início de um novo romance?


Deixei o planejamento de lado, abandonei temporariamente a mania de controle, soltei o improviso e depois de todo esse flerte, encarei o palco: aula de teatro.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bagunçou geral!

Ela levantou para ter um dia normal. Trabalhou, estudou, voltou para casa e se aconchegou no sofá. A velha rotina. O bobo roteiro de sempre, sem muitas interferências e novidades.

Mas a mesmice daquele dia incomodou, a carência bateu, a loucura se alojou. E como quem tenta resolver buscando solução, ela se cobrou fechar os ciclos abertos e mal resolvidos. Estamos falando de homens!

Pegou a agenda e suas últimas possibilidades de romance. Eram poucos, mas bastou para questionar sua mania de não concluir e deixar sempre reticências. A velha mania de pensar, remoer, culpar e não fechar e finalizar nada. Qualquer mulher perceberia na hora: Perigo! Perigo! TPM a vista!

Mas ela não. Não pensou, não hesitou, não evitou. Passou a mão no celular e decidida discou.

Começou seus contatos como quem é descolada e despojada. Terminou seus contatos como quem implora por atenção.

Deu show! A sensação era essa: “Passou um terremoto aqui, me tirou o controle, e jogou tudo para o ar.”

Mas hoje ela vai dormir assim: com as roupas pelo chão, o armário revirado e os livros caídos da prateleira.  Ela bagunçou a casa e não está com a mínima vontade de arrumar.

Está agradável a sensação do descontrole.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Hoje sonhei

Isso mesmo! Deitei para dormir e sonhei...

No sonho... ele estava lá, e ela estava lá.
Eu queria gritar, esbravejar, xingar, pirar, surtar, desequilibrar e jogar as tamancas. Mas do que adiantaria? Era um sonho, e mais do que isso, eles estavam juntos lá.

A tristeza, a mágoa, a dor, a saudade também estavam lá.  Nenhuma ficção, nenhuma invenção, nenhuma grande produção. Toda semelhança com a realidade não é mera coincidência, porque eu também estava lá. Vendo tudo, fraca e impotente sem sequer conseguir acordar. Presa num sonho vendo ele com ela lá... e sofrendo.

Um esforço enorme para abrir os olhos. Virei para um lado, para o outro, para um lado de novo e pro outro mais uma vez. Estava implorando para ver a cortina, o armário, a porta, o ventilador. Nada adiantava e eu continuava vendo ele com ela lá.  

Num breve instante, num suspiro desesperado como quem volta a vida, acordei. O coração disparado, mãos suando, respiração rápida e ofegante, angustia e agonia no peito, mas aliviada por acordar...

Mas... agora estou presa cá. Uma insônia terrível que me toma as 4h da manha de uma terça feira. Retrospectiva 2011 e 10 e 09... e os últimos 5 anos da minha vida. Confirmado!O esforço pra esquecer é mesmo vontade de lembrar. Eu só queria saber quando essa fase vai passar? Quero recolher os cacos, juntar os pedaços e parar de ver ele com ela lá, e cá e em todo lugar. 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dessas meninas sem clara definição


Sou dessas que resiste a uma modinha. Fujo do comum, ou melhor, não me entrego facilmente. Normalmente analiso, penso, avalio, reavalio e não tomo decisão nenhuma. É sou dessas! Não gosto de decidir. Esse não é meu ponto forte.

Também sou dessas que curte o impulso, o instintivo, o inesperado, o animal. A surpresa me atrai. O prazer da descoberta me move. Sou dessas que se permite mudar de opinião. É que se antes não me convencia, em algum momento pode passar a convencer.   

Já disseram que sou quadrada, careta, tradicional, conservadora e convencional.
Outra vez, porém, me descreveram como moderninha, revolucionária, libertária, mente aberta, barato total!

Pois é, sou dessas que não pede definição.

Sou dessas, sou daquelas, ora sou, ora não.